Como é de esperar a imprensa açoriana não podia perder este furo fantástico. Aqui vai a reportagem feita pelo jornal (com um pequeninhas correcções) =)
Reunião magna de Guias em Ponta Delgada
A Associação Guias de Portugal (AGP) realizou este fim-de-semana o seu XL Conselho Nacional em Ponta Delgada.
Quinze anos depois, a reunião magna do movimento guidista em Portugal tornou a acontecer nos Açores numa altura em que se preparam já as celebrações dos 100 anos da sua existência, a nível mundial.
No encontro do órgão máximo da AGP que contou com a presença de 160 dirigentes e decorreu num dos anfiteatros da Universidade dos Açores, reflectiu-se sobre o futuro do movimento.
No segundo dia de trabalhos, Joana Henrique, relações públicas da AGP, disse ao Açoriano Oriental que o número de guias (ler caixas) tem-se mantido estável nos últimos anos.
“Isto após uma quebra que se verificou a nível europeu há uns anos nos movimentos guidistas escutistas porque é uma actividade que exige compromisso, não é pontual e surgiram muitas outras solicitações”, esclareceu.
De acordo com Magda Cruz, presidente da AGP, “até outras associações como por exemplo as desportivas, tradicionalmente mais apelativas, notam que a participação está a diminuir por causa, essencialmente, do compromisso”.
No entanto, esclarece, a AGP acredita que “tal como há 100 anos justificam-se tanto ou se não mais os valores universais que presidiram à criação do movimento em todo o Mundo”.
Assim, a associação propõe-se divulgar mais a sua existência e actividades para despertar o interesse dos pais e das jovens para que, adianta Magda Cruz, reconheçam a sua “credibilidade”.
Porém, frisa, a nossa melhor acção de divulgação é o “passa-palavra” entre as guias.
A prová-lo, parece estar a experiência de Mariana, de 11 anos e da segunda Companhia da Fajã de Cima.
“Comecei a ir pela prima e como comecei a gostar... fiquei! Aprende-se a conviver e é e muito divertido e alegre”, conta.
A avezinha Beatriz, da mesma companhia, diz que gosta de “brincar, das actividades, de cantar, de aprender a ser amiga, obediente e muitas mais coisas”.
O director regional da Juventude, Bruno Pacheco, comenta que “existem mil e um estudos e várias opiniões sobre a participação dos jovens”. “Mas a verdade é que existem novas percepções de participação, os jovens de um modo geral participam de acordo com a suas motivações e eu penso que estamos a assistir, há uns anos, a alterações de motivações e à alteração dos ecossistemas de sociedade”, disse.
Nos Açores e no que à taxa de participação através de associações diz respeito, diz que “de um modo geral, verificamos que têm-se mantido”.
No entanto, questiona se isso significa que a participação das associações pode ou deve ser apenas medida pelo número de associados ou antes deva ser medida pela representatividade social das suas intervenções. Sobre a AGP e movimento escutista, cujo encontro nos Açores foi apoiado pela direcção regional, Bruno Pacheco reconhece, quando questionado, que mesmo “subconscientemente, acções como a de apoio à comunidade na tragédia da Ribeira Quente estão sempre presentes”.
A AGP, assente no voluntariado, promove o guidismo - movimento de educação não formal-, baseado no método de Baden-Powell e pretende, entre outros objectivos, promover junto de raparigas e jovens o espírito de serviço à comunidade.
Por Olímpia Granada, em Açoriano Oriental